Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Programas Governamentais de Medicamentos Gratuitos ou Subsidiados é o objetivo principal deste Blog, que é produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Quadrilha usa falsos laudos para obter remédios

Segundo a polícia, o prejuízo aos cofres públicos pode passar de R$ 63 milhões.



No interior de São Paulo, a polícia prendeu uma quadrilha que criou uma associação de pessoas com doenças de pele para obter recursos públicos e comprar remédios caríssimos.

Nove pessoas foram presas. De acordo com a polícia, médicos, advogados, funcionários de três laboratórios farmacêuticos e integrantes de organizações não governamentais faziam parte da quadrilha. O golpe passava pela Associação de Portadores de Psoríase e Vitiligo, em Marília.

Segundo a polícia, há pelo menos dois anos, o grupo agia em várias cidades do interior de São Paulo. Os investigadores descobriram que o médico Paulo César Ramos repassava os dados de pacientes com doenças de pele a um advogado que, em nome da associação, entrava na Justiça exigindo a compra de remédios.

"Essa organização criminosa se valia da elaboração de um relatório médico falso para iludir o Judiciário, para que o Judiciário determinasse à secretaria a entrega de um medicamento fora do protocolo prevista pela saúde", afirmou o delegado Alexandre Zakir.

Representantes de laboratórios recebiam os pedidos dos medicamentos e dividiam a comissão pela venda. Cada caixa desse tipo de remédio custa até R$ 1,6 mil. Segundo a polícia, o prejuízo aos cofres públicos pode passar de R$ 63 milhões.

A polícia informou que entre os pacientes cadastrados na associação estavam pessoas que não tinham a doença. Foi apreendida também um estoque de remédios no valor de R$ 250 mil.

O governo de São Paulo declarou que investiga outros grupos que utilizam o mesmo golpe, com remédios diferentes.

Fonte: Jornal Nacional - 01.09.2008

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